O FCP, a única equipa invicta na Europa até sexta-feira, foi derrotado pelo Sp. de Braga por 2 a 1, ficando assim afastado da Taça de Portugal.
Vítor Pereira jogou com uma equipa secundária, onde os únicos habituais titulares eram Otamendi, o Manaca francês e o James Rodriguez.
Porque é que o Bitó Pereira secundarizou a Taça de Portugal, ao jeito do se der deu, se não der, paciência?
Muito simplesmente porque quis poupar jogadores para o desafio da próxima semana frente ao Paris Saint-Germain. Apesar de os azuis-e-brancos estarem há muito apurados para a fase seguinte da Liga dos Campeões, querem assegurar o primeiro lugar do grupo. Porquê? Porque, deste modo, aumentam as probabilidades de não enfrentarem um tubarão na ronda seguinte e, assim, poderem prosseguir para a fase seguinte e embolsar mais uns valentes milhões. É claro que o Real Madrid fez o favor de ser segundo no seu grupo, o que pode vir estragar os planos, mas…
De facto, os portistas, entre uma Taça de Portugal que, além do troféu em si mesmo, não traz quase nenhuns proventos financeiros e uma Liga dos Campeões dos milhões, optam claramente, e racionalmente, pela segunda hipótese. E isto explica-se pelo facto de o FCP, financeiramente, estar em situação igual ou pior do que o país. Convém não esquecer (1) o novo empréstimo obrigacionista lançado recentemente pelos nortenhos, (2) a extinção do basquetebol, (3) os salários em atraso de alguns funcionários e (4) os salários em atraso nalgumas modalidades.
É criticável esta postura? NÃO! Para mais, num clube que, a bem ou a fruta, tem ganho tantos títulos ultimamente. A aposta, claramente e mais uma vez, passa por ser campeão nacional e ir o mais longe possível na competição dos milhões. É simples! É racional! É bem pensado!
Já Jorge Jesus pensa um bocadinho diferente. Isto é, o ruço tem noção de que ou ganha o campeonato nacional este ano, ou vai de vela (quem sabe se não para o Dragão?!?), logo desprezou, claramente, a possibilidade de seguir em frente na Champions, mas fê-lo estúpida e absurdamente, pois o Benfica tinha mais do que obrigação de se ter apurado, no máximo com duas derrotas frente ao Barcelona. Assim, arrisca-se (é quase uma certeza) a seguir para a Liga Europa e a não vencer o título máximo nacional. É simples! É mal pensado! É um prego no seu caixão!
Por outro lado, a aposta da direção é clara: procurar aguentar até Janeiro e adquirir o passe de um ou outro jogador para encher aquele campo debilitado. Para já, fala-se na eminência da chegada de um jovem central mexicano de 20 anos. Acho bem, pois Garay não vai morar por muito mais tempo entre nós e há que preparar atempadamente a sua saída, o que não se fez com Wietsel e Javi Garcia. Já agora, convém pensar, RAPIDAMENTE, em alguém para o lugar de Aimar, pois está visto que o argentino já deu o que tinha a dar (como eu espero estar enganado!).
P.S. No próxima fim-de-semana, o Sporting vai ter o seu jogo do ano, ao receber o Benfica em Alvalade. Se ganhar, já se sabe, a época está feita. «Business as usual!»